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Kevin Systrom, CEO e fundador do Instagram, no anúncio do IGTV

IGTV e as perguntas que as marcas precisam fazer

julho 15th, 2018 Posted by Mercado, Social Media 0 thoughts on “IGTV e as perguntas que as marcas precisam fazer”
Kevin Systrom, CEO e fundador do Instagram, no anúncio do IGTV

Kevin Systrom, CEO e fundador do Instagram, no anúncio do IGTV

Funcionalidade de TV criada pelo Instagram para combater diretamente o Youtube traz muitas promessas, mas também muitos desafios para as marcas

 

Controlar o fluxo da informação é um dos fortes do Facebook, o detentor da plataforma de fotos e vídeos Instagram. Desde que se tornou o gigante da internet, fez aquisições que fazem sentido. As maiores delas foram o WhatsApp e o Instagram, que completam a ideia de Zuckerberg sobre continuar conhecendo os hábitos de consumo e de informação de seus usuários, além de saber sobre o que as pessoas falam.

Com a queda do alcance do Facebook – que agora só garante alcance para atingir os públicos em ações pagas – houve uma migração em massa das marcas para o Instagram. Vieram, na sequência, mudanças de algoritmos e, consequentemente, redução também do alcance na plataforma de imagens. E muitas outras firulas foram adicionadas, especialmente no último ano.

O mais recente e inovador recurso é o IGTV, uma funcionalidade de vídeos verticais e mais longos, que deve colocar a plataforma em confronto direto com o Youtube. Em resumo: a TV do Instagram, como diz o próprio nome. Há dois anos, na conferência anual promovida pelo Facebook, o “mobile first” foi deixado de lado, considerado já um patamar atingido pela companhia.

Mark Zuckerberg anunciava, então, que a nova e mais importante proposta da empresa era o “vídeo first”. E passou então a privilegiar este formato de conteúdo.

Era o momento ideal para ocupar um espaço diante do Youtube, duramente criticado há tempos pela falta de moderação dos conteúdos. Tanto pelos “creators” – como o caso do jovem “influenciador” que transmitiu um suicídio – como por associação de publicidades de marcas com conteúdos ofensivos existentes na plataforma.

Surge, então, um questionamento relevante. O formato oferecido pelo Instagram e seu IGTV é o ideal? O vídeo vertical tem suas características próprias. O que fez sucesso até então estava atrelado à produção de conteúdo menos profissional, mais casual e sem necessariamente qualquer tipo de amarração com o tempo.

O Instagram pode, e vai, desenvolver a cultura para este tipo de vídeo. Mas isso pode levar um tempo. É uma aposta. Arriscada? Quem sabe. O Facebook já estabeleceu tantos padrões para o uso de mídias sociais que fica difícil contestar lançamentos e novidades. Os caras realmente sabem o que fazem e não dão ponto sem nó.

Soma-se a isso o fato de que vídeos mais curtos têm mais sucesso (o próprio Facebook sabe disso). Outra conta que precisa ser feita aí é qualidade e custo de banda. Vídeos mais longos consomem mais banda. Em outros países pode nem ser uma preocupação, mas no Brasil, um país inundado de pré-pagos e custo altíssimo de uso de internet móvel, talvez o modelo demore um pouco a engrenar.

Tem muita pesquisa por aí apontando que o vídeo vai dominar o consumo de conteúdo nos próximos anos, inclusive e principalmente em dispositivos móveis. Não há dúvidas de que isso já deixou de ser até mesmo uma tendência e a cada dia se torna mais realidade.

Exemplo de publicação no IGTV

Exemplo de publicação no IGTV

Na prática, o IGTV reúne um pouco das principais tendências da comunicação:

Vídeo – é o formato que vem se consolidando como o principal na produção, distribuição e consumo de informações;

História – com a morte lenta e dolorosa dos modelos tradicionais de publicidade, marcas precisam investir cada vez mais em um roteiro bem produzido e boas histórias para contar (o já famoso storytelling), que criem conexões e identificações com seus públicos;

Mobilidade – boas histórias em formato de vídeo e na palma das mãos, rodando em um dispositivo que virou extensão do corpo das pessoas.

Do ponto de vista do usuário, parece o mundo ideal. Pode acabar se tornar mais uma ferramenta relevante de interação social e digital.

 

E para as marcas?

 

Navegação dentro do APP IGTV

Navegação dentro do APP IGTV

Fiquei pensando aqui no efeito disso para o marketing de uma organização. E levantei alguns pontos que precisam ser avaliados e que destaco abaixo:

  • O custo de produção de vídeos vem caindo ao longo dos últimos anos, mais ainda não é tão baratinho e não cabe no bolso de toda e qualquer empresa. Como evoluir nessa frente com cada restrição orçamentária?;
  • No lançamento da plataforma, o Instagram já mostrou a que veio e trabalhou em parceria com “creators” famosos por canais no Youtube. Como uma marca pode escapar da armadilha de ficar presa a “influenciadores digitais” para conseguir alguma relevância nesta nova funcionalidade?;
  • Como resistir à tentação de tentar produzir conteúdos em formatos de vídeo que possam ser aproveitados ao máximo, em vários canais e formatos, considerando as características técnicas e de hábitos de consumo de cada um deles?;
  • Quais os critérios devem ser usados para escolher uma ou outra plataforma? Já perceberam como é difícil encontrar um mesmo modelo que possa ser publicado no Youtube, no Facebook, no IGTV etc.?
  • E qual o sentido de se fazer isso, já que as especificidades e experiências em cada uma das plataformas são diferentes. Quanto isso vai exigir a mais no orçamento já que a marca teria de replicar ou reeditar para um novo formato e com outras especificidades?;
  • Como apontam alguns especialistas atentos à jornada do consumidor, será preciso pensar além do canal. A estratégia de produção de conteúdo tem de considerar a experiência do usuário no consumo de vídeo pelos smartphones e não necessariamente a maneira como o público usa plataforma X ou Y. Parece simples, não? Mas não é.
  • Quando se trata de um canal, ele mesmo faz questão de mostrar os caminhos, desenhar a trilha. É interesse dele. Mas conduzir uma pesquisa com representatividade que permita traçar com bons insights o consumo de informação em um meio pode levar tempo e sair caro demais;
  • Com a tendência de vídeos mais curtos, investir em conteúdos mais longos é uma ousadia e tanto. Vídeos mais longos significam mais custo de produção. De certa forma, um dos retornos sobre o investimento teria de ser o engajamento (mais tempo assistido, mais interações, mais compartilhamentos);
  • Quanto tempo vai levar para o Instagram reduzir o alcance orgânico do que é produzido e publicado no IGTV? Ao longo da história, diminuir a abrangência do conteúdo é a estratégia básica das empresas do Facebook. Se isso acontecer, quanto valerá a pena produzir estes conteúdos para uma audiência orgânica muito baixa?;
  • Sob o ponto de vista de monitoramento de reputação, trata-se de mais um recurso que limita – assim como o recurso do Instagram Stories e as próprias funcionalidades em vídeo – a visibilidade do que se fala sobre a empresa no ambiente digital. Monitorar vídeo e imagens ainda é uma tarefa bastante difícil e cara para as marcas.

O discurso está na ponta da língua dos executivos das marcas. Mas quando o branded content é avaliado sob o ponto de vista de estratégia e execução, ainda são poucas as marcas que conseguem se destacar e têm fôlego suficiente para bancar anos de investimento sem esperar o retorno no curto prazo.

Leia também:

Por que a tua marca tem de investir em vídeos no Facebook?

setembro 13th, 2017 Posted by Marketing de Conteúdo, Social Media, Todas as categorias 0 thoughts on “Por que a tua marca tem de investir em vídeos no Facebook?”

Falamos sobre a vida transmitida ao vivo e em vídeos na estreia deste blog. Essa tendência de transformar boa parte do conteúdo produzido em vídeo tem algumas razões. Não só nosso apego ao formato do ponto de vista de consumidores, mas também porque algumas das principais plataformas vêm investindo em tornar tudo audiovisual. É o caso da maior mídia social do mundo: o Facebook.

Se você não se deu conta, preste atenção. Abra seu smartphone, acesse o Facebook e comece a navegar pela linha do tempo. Conte quantos vídeos serão exibidos para você em pouco tempo de rolagem. Até cerca dedois ou três anos, o CEO da companhia, Mark Zuckerberg tinha deixado claro o direcionamento: “Somos uma empresa mobile first”. A meta foi atingida.

“Eu vejo o vídeo como uma megatendência.” Essa frase foi proferida por Zuckerberg numa conferência com investidores realizada no início deste ano para falar sobre os ganhos do quarto trimestre de 2016. “É por isso que vou continuar a colocar o vídeo à frente de nossa família de aplicativos”.

Para ficarmos apenas com os dados do Brasil, 46 milhões de pessoas acessam o Facebook diariamente por dispositivos móveis.

Facebook dados Brasil

O direcionamento agora é outro. Atento ao movimento e forma de consumo de informação, o Facebook quer ser uma empresa video first. O anúncio foi feito pelo próprio Mark Zuckerberg, em novembro de 2016, ao comentar os números do consumo de vídeo na mídia social.

O foco principal está nos chamados millennials, isto é, pessoas com menos de 30 anos. Aos poucos, o Facebook foi incorporando modelos que beneficiam o conteúdo em vídeo, como aumentar o alcance orgânico de publicações para criadores de conteúdo nesse formato. Depois, veio a investida de combater diretamente o crescimento do Snapchat, com adição de live e stories.

O Facebook lançou, no último dia 31 de agosto, a plataforma Watch, o serviço de vídeo da plataforma, que vai entregar conteúdo com curadoria, mas deve abrir para os próprios usuários, assim como acontece no Youtube. O lançamento do Watch é também uma forma de o FB manter o faturamento publicitário, que está migrando para conteúdos visuais. Leia aqui a explicação sobre o Watch.

Em 2014, já havia indícios, com a transmissão de conteúdos do BuzzFeed e New York Times. Há, ainda, parceria firmada com BuzzFeed, Vox Media e outros, “novos” veículos que estão se consolidando e fincando o pé como meios de entretenimento e informação para o público mais jovem. A expectativa é que, a partir desse acordo, saiam programas proprietários do Facebook.

É importante que, como tudo feito pelo Facebook até hoje – o que lhe garante a quase hegemonia entre as plataformas sociais disponíveis atualmente –, as decisões estão muito bem embasadas em dados. A própria ferramenta já é um grande laboratório para analisar o comportamento da audiência e extrair insights relevantes.

Segundo informações do próprio Facebook, o consumo de um conteúdo no desktop leva em torno de 2,5 segundos, enquanto que no mobile esse mesmo conteúdo leva 1,7 segundos para ser absorvido. As pessoas podem se lembrar de um conteúdo no feed de notícias depois de vê-lo por apenas 0,25 segundos.

vídeos no facebook

A mídia social também usa estudos de mercado. De acordo com a NeuroMobile, uma pesquisa realizada pela SalesBrain com 70 adultos dos Estados Unidos, com idades entre 18 e 49 anos, verificou que a atenção dada pelas pessoas a um anúncio visualizado no smartphone é 82% maior que a aplicada a um anúncio de televisão. Ainda segundo o levantamento, que foi encomendado pelo Facebook, a distração em dispositivos móveis é 79% menor quando comparada com a TV.

A estratégia também leva em consideração o “Cisco Visual Networking Index: Global Mobile Data Traffic Forecast Update”, documento publicado pela Cisco, em março deste ano. O relatório aponta que, até 2020, 75% de todo o tráfego de dados em dispositivos móveis acontecerão no formato de vídeo e que 100 milhões de horas de vídeos são consumidas todos os dias no Facebook.

Os vídeos mais curtos apresentam mais sucesso e audiência entre os públicos do Facebook. A base da estratégia ainda deve estar centrada inicialmente em produções curtas, considerando que boa parte da audiência consome por smartphone e planos de dados questionáveis (em boa parte de alguns países).

vídeos no facebook by Ooyala

Fonte: Ooyala Global Video Index, 2015

O que o Facebook quer, afinal?

A principal mídia social do mundo quer ir além da competição com a TV. Entre os planos estão não só os conteúdos em vídeos – com filtros, ao vivo, 360 –, mas também que esses vídeos sejam episódicos, roteirizados ou não, e de alta qualidade. Você volta e consome… Volta e consome… Ou nem precisar sair. Fica o máximo de tempo possível na plataforma, assiste tudo dentro do Facebook, sem sair, sem se dispersar.

A promessa é também adicionar anúncios no meio dos vídeos para ampliar as receitas. Isso elevaria, segundo o próprio Zuckerberg, o modelo de vídeos do Facebook a um novo nível e ainda possibilitaria aos criadores de conteúdo ganhar dinheiro com isso.

A proposta de combate ao YouTube – que passou a remunerar produtores de conteúdo de grande audiência – é clara. Mas não só isso. O consumo de informações em vídeo é massivo entre os jovens. As notícias não serão mais lidas nos próximos anos; elas serão assistidas. E, nessa frente, ainda que apresente dúvidas sobre rentabilidade, o YouTube fincou um pé mais forte que o Facebook. Somam-se a isso outros gigantes de peso, como a própria Amazon, com seus serviços de streaming, e a Netflix, com modelo de assinatura acessível e produções próprias.

E há ainda informações de bastidores. Segundo reportagem do Wall Street Journal, existe a possibilidade até do Facebook investir no desenvolvimento de um set-top box – como o AppleTV ou ChromeCast – para fomentar sua estratégia de vídeos.

Entre as informações mais recentes, a empresa está tomando medidas para reativar sua estratégia. A chefe de parcerias com veículos, Campbell Brown, anunciou, faz pouco tempo, uma versão de conteúdo pago com revenue share para os publishers no modelo de assinatura.

Essa batalha é antiga. Ainda hoje, há meios grandes de comunicação que não permitem que seus conteúdos sejam, por exemplo, exibidos nos resultados de busca do Google. Os veículos tradicionais se queixam de não ter controle sobre o que circula nessas plataformas e que Facebook e Google se beneficiem do trabalho de milhares de produtores de conteúdo para ganhar com mídia, sem a devida compensação financeira, é claro.

“Uma das coisas que ouvimos em nossas reuniões iniciais de muitos jornais e editores digitais é que ‘queremos um produto de inscrição’”, disse a executiva. É uma tentativa de agradar a seus fornecedores de conteúdo, que reclamam bastante da baixa performance financeira do Instant Articles.

O modelo de incentivar e compartilhar receitas e remuneração com os produtores de conteúdo, segundo a companhia, tem como premissa impulsionar todo o ecossistema.

A dura realidade

Já entendemos que o futuro da comunicação está no vídeo. Mas, convenhamos, não é tão simples quanto parece. Por mais que o custo de produção desse tipo de mídia tenha caído de forma assustadora nos últimos anos, o modelo não cabe na maioria dos bolsos dos departamentos de marketing. Ainda mais se for uma estratégia de longo prazo.

O próprio mercado comprova isso. O estudo “Mídias Sociais 360”, relativo aos últimos três meses (maio a julho de 2017), realizado pelo Núcleo de Inovação em Mídia Digital (NiMD) da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) em conjunto com a fornecedora da plataforma Socialbakers, mostra que ainda há predominância de textos e imagens em detrimento dos vídeos.

videos facebook faap

O segmento de entretenimento já deu um passo, ainda que pequeno. Cerca de 25% dos posts já são publicados em forma de vídeo. Quando olhamos para “Marcas e Institucional”, entretanto, mais de 70% dos conteúdos publicados na plataforma de Zuckerberg entre abril e junho ainda levam somente imagens. O mesmo acontece com “Mídia e Notícias”, que direciona com links para seus sites proprietários, tentando abocanhar uma parte da audiência do Facebook.

A importância do criativo nos vídeos para Facebook

vídeos no facebook

A aposta é alta, mas não pode ser qualquer coisa. Produzir conteúdos ruins afasta os usuários, que é o que o Facebook menos quer. Por essa razão, a mídia social encontrou uma forma de identificar e avaliar a qualidade dos posts.

Basicamente, a fórmula, chamada de eCPM, traz uma pontuação de relevância do conteúdo e se configura como:

eCPM = [bid (quanto está disposto a pagar pelo target (x) probabilidade de realizar a ação] + relevance score (que é a relevância do seu conteúdo, do seu criativo)

A nota, que varia de 0 a 10, classifica como o público-alvo está reagindo ao seu anúncio. Isso está disponível para qualquer campanha. Segundo especialistas do próprio Facebook, quando está abaixo de 7, atrapalha a performance e é ruim. Isso quer dizer que você está pagando caro para atingir sua audiência – calcula-se que esse “caro” seja de 30% a mais do que deveria.

Para ajudar nesse processo, a própria plataforma fornece ferramentas que são úteis para o desenvolvimento e realização de testes. Seguem algumas:

Audience insightsFerramenta de planejamento que permite adicionar o público que se pretende atingir com aquele anúncio. Traz também dados que auxiliam na compreensão de audiências específicas.

Creative hubPermite consultar, a partir do login, referências de criativos, stories, canvas e diversos outros formatos. Também verifica e possibilita a realização de testes de conteúdos já produzidos, bem como compartilhar de maneira privada até mesmo com o cliente via mobile.

Brand resourcesHá muitas regras impostas pelo Facebook para a produção de conteúdo que será disponibilizado na plataforma. Isso faz com que uma parcela significativa seja barrada. Para evitar que isso aconteça no momento da publicação, isto é, quando o conteúdo já está pronto, essa ferramenta oferece o pré-teste para ver se o anúncio será aprovado ou não.

App legendAplicação que permite ao usuário colocar palavras em movimento ou adicionar legendas. Em etapas fáceis e simples, é possível criar um anúncio em vídeo.

Tem mais alguma dica de ferramenta bacana para compartilhar? Me manda, que eu atualizo o post.

algoritmo

O tal do algoritmo

junho 22nd, 2017 Posted by Mercado 0 thoughts on “O tal do algoritmo”

Há um tempo as pessoas botavam a culpa no sistema:

“O sistema parou”

“O sistema está fora do ar”

“Isso não está previsto no sistema”

Além de ser fácil culpar o outro (mais fácil ainda culpar a entidade “sistema”), pouca gente se dá conta de que o sistema existe porque alguém o programou daquela forma.

Hoje, em tempos de redes sociais, a culpa é do algoritmo! O algoritmo do Google, do Facebook, do Instagram e seja lá do que mais.

Em entrevista ao Meio&Mensagem (que sobrevive ao sistema e ao algoritmo), Marimoon fala de vários temas de internet, desde a era dos fotologs até os dias atuais e culpa o tal do algoritmo pela internet estar “estragada”.

Eu concordo com VÁRIOS pontos que Marimoon levantou no vídeo. Acho que ela tem essa visão porque está nessa há tempos e aprendeu fazendo (muita coisa) em várias plataformas.

Ela fala dos influenciadores com propriedade, fala do poder da autenticidade, de levar a sério uma profissão como creator (blogueiro, youtuber e afins), do quanto é bom receber feedbacks de seguidores e anunciantes que reconhecem em seu lifestyle algo que faz sentido para suas vidas e marcas.

Isso não tem dinheiro que pague para quem vive de compartilhar sua opinião e sua vida! E aliás, só dá certo quando você gera isso, essa empatia com as pessoas que se reconhecem em você.

Para mim, o final do vídeo dela é o melhor pois diz que se você fizer pela audiência e pela fama, provavelmente não vai dar certo. CONCORDO absolutamente. A naturalidade precisa vir antes do business. Você não pode perder o que te motivou a começar, não pode perder seu propósito.

O tal do algoritmo

algoritmo

Mas eu queria mesmo era ponderar sobre o algoritmo. Vamos lá!

“O algoritmo estragou a internet”

Essa é uma afirmação generalista mas com vários pontos interessantes.

Quando falamos do algoritmo de uma forma geral estamos falando de um conjunto de regras que foram desenvolvidas para ter uma entrega de conteúdo mais eficiente, de acordo com o conteúdo que você busca (Google) ou consome, e se engaja (Facebook e Instagram).

A entrega de conteúdo passa a ser mais “personalizada” mas sim, cria uma bolha onde você vê sempre mais do mesmo. E para subverter isso você precisa navegar em aba anônima (Google) ou procurar temas que não são os habituais nas redes sociais.

Se por um lado você fica na bolha, por outro você passa a ver mais aquilo que te interesse. Só que somos plurais e não gostamos só de um tema/assunto. E é aí que eu concordo que o algoritmo estragou a internet, especialmente as redes sociais.

Faz sentido mudar o algoritmo?

Outro ponto que vale considerar é que visualizar o feed do Instagram fora da ordem cronológica nos deixa confusos. Mas também dá a sensação de atemporal. Alguns conteúdos não fazem mais sentido e essa mudança vai contra até o princípio básico da própria rede que era o de mostrar o INSTANTÂNEO da pessoa, o momento exato em que ela estava fazendo a foto.

A sugestão de ter um botão com ou sem algoritmo acho ótima porém, inviável. Uma pena! Tudo porque qualquer mudança de algoritmo diz respeito a BUSINESS. Quanto mais você estiver imerso num tema, mais natural a publicidade sobre aquele tema irá parecer para você dentro da rede social ou no resultado da busca.

Mas gostaria de finalizar a questão dos algoritmos com um questionamento: Tio Mark estragou as redes sociais com o algoritmo ou a busca por fama estragou a rede social? – isso pode render outro post, claro!

O que mais vemos são as pessoas querendo SUBVERTER o algoritmo para ter mais acessos, views, likes. Grupos de curtidas, fazendas de likes, compra de seguidores, práticas de Black Hat para SEO. Os espertinhos da internet estão por aí, o tempo todo, desde que a WWW existe.

Então parece que está valendo o ditado: ladrão que rouba ladrão, tem cem anos de perdão.