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Kevin Systrom, CEO e fundador do Instagram, no anúncio do IGTV

IGTV e as perguntas que as marcas precisam fazer

julho 15th, 2018 Posted by Mercado, Social Media 0 thoughts on “IGTV e as perguntas que as marcas precisam fazer”
Kevin Systrom, CEO e fundador do Instagram, no anúncio do IGTV

Kevin Systrom, CEO e fundador do Instagram, no anúncio do IGTV

Funcionalidade de TV criada pelo Instagram para combater diretamente o Youtube traz muitas promessas, mas também muitos desafios para as marcas

 

Controlar o fluxo da informação é um dos fortes do Facebook, o detentor da plataforma de fotos e vídeos Instagram. Desde que se tornou o gigante da internet, fez aquisições que fazem sentido. As maiores delas foram o WhatsApp e o Instagram, que completam a ideia de Zuckerberg sobre continuar conhecendo os hábitos de consumo e de informação de seus usuários, além de saber sobre o que as pessoas falam.

Com a queda do alcance do Facebook – que agora só garante alcance para atingir os públicos em ações pagas – houve uma migração em massa das marcas para o Instagram. Vieram, na sequência, mudanças de algoritmos e, consequentemente, redução também do alcance na plataforma de imagens. E muitas outras firulas foram adicionadas, especialmente no último ano.

O mais recente e inovador recurso é o IGTV, uma funcionalidade de vídeos verticais e mais longos, que deve colocar a plataforma em confronto direto com o Youtube. Em resumo: a TV do Instagram, como diz o próprio nome. Há dois anos, na conferência anual promovida pelo Facebook, o “mobile first” foi deixado de lado, considerado já um patamar atingido pela companhia.

Mark Zuckerberg anunciava, então, que a nova e mais importante proposta da empresa era o “vídeo first”. E passou então a privilegiar este formato de conteúdo.

Era o momento ideal para ocupar um espaço diante do Youtube, duramente criticado há tempos pela falta de moderação dos conteúdos. Tanto pelos “creators” – como o caso do jovem “influenciador” que transmitiu um suicídio – como por associação de publicidades de marcas com conteúdos ofensivos existentes na plataforma.

Surge, então, um questionamento relevante. O formato oferecido pelo Instagram e seu IGTV é o ideal? O vídeo vertical tem suas características próprias. O que fez sucesso até então estava atrelado à produção de conteúdo menos profissional, mais casual e sem necessariamente qualquer tipo de amarração com o tempo.

O Instagram pode, e vai, desenvolver a cultura para este tipo de vídeo. Mas isso pode levar um tempo. É uma aposta. Arriscada? Quem sabe. O Facebook já estabeleceu tantos padrões para o uso de mídias sociais que fica difícil contestar lançamentos e novidades. Os caras realmente sabem o que fazem e não dão ponto sem nó.

Soma-se a isso o fato de que vídeos mais curtos têm mais sucesso (o próprio Facebook sabe disso). Outra conta que precisa ser feita aí é qualidade e custo de banda. Vídeos mais longos consomem mais banda. Em outros países pode nem ser uma preocupação, mas no Brasil, um país inundado de pré-pagos e custo altíssimo de uso de internet móvel, talvez o modelo demore um pouco a engrenar.

Tem muita pesquisa por aí apontando que o vídeo vai dominar o consumo de conteúdo nos próximos anos, inclusive e principalmente em dispositivos móveis. Não há dúvidas de que isso já deixou de ser até mesmo uma tendência e a cada dia se torna mais realidade.

Exemplo de publicação no IGTV

Exemplo de publicação no IGTV

Na prática, o IGTV reúne um pouco das principais tendências da comunicação:

Vídeo – é o formato que vem se consolidando como o principal na produção, distribuição e consumo de informações;

História – com a morte lenta e dolorosa dos modelos tradicionais de publicidade, marcas precisam investir cada vez mais em um roteiro bem produzido e boas histórias para contar (o já famoso storytelling), que criem conexões e identificações com seus públicos;

Mobilidade – boas histórias em formato de vídeo e na palma das mãos, rodando em um dispositivo que virou extensão do corpo das pessoas.

Do ponto de vista do usuário, parece o mundo ideal. Pode acabar se tornar mais uma ferramenta relevante de interação social e digital.

 

E para as marcas?

 

Navegação dentro do APP IGTV

Navegação dentro do APP IGTV

Fiquei pensando aqui no efeito disso para o marketing de uma organização. E levantei alguns pontos que precisam ser avaliados e que destaco abaixo:

  • O custo de produção de vídeos vem caindo ao longo dos últimos anos, mais ainda não é tão baratinho e não cabe no bolso de toda e qualquer empresa. Como evoluir nessa frente com cada restrição orçamentária?;
  • No lançamento da plataforma, o Instagram já mostrou a que veio e trabalhou em parceria com “creators” famosos por canais no Youtube. Como uma marca pode escapar da armadilha de ficar presa a “influenciadores digitais” para conseguir alguma relevância nesta nova funcionalidade?;
  • Como resistir à tentação de tentar produzir conteúdos em formatos de vídeo que possam ser aproveitados ao máximo, em vários canais e formatos, considerando as características técnicas e de hábitos de consumo de cada um deles?;
  • Quais os critérios devem ser usados para escolher uma ou outra plataforma? Já perceberam como é difícil encontrar um mesmo modelo que possa ser publicado no Youtube, no Facebook, no IGTV etc.?
  • E qual o sentido de se fazer isso, já que as especificidades e experiências em cada uma das plataformas são diferentes. Quanto isso vai exigir a mais no orçamento já que a marca teria de replicar ou reeditar para um novo formato e com outras especificidades?;
  • Como apontam alguns especialistas atentos à jornada do consumidor, será preciso pensar além do canal. A estratégia de produção de conteúdo tem de considerar a experiência do usuário no consumo de vídeo pelos smartphones e não necessariamente a maneira como o público usa plataforma X ou Y. Parece simples, não? Mas não é.
  • Quando se trata de um canal, ele mesmo faz questão de mostrar os caminhos, desenhar a trilha. É interesse dele. Mas conduzir uma pesquisa com representatividade que permita traçar com bons insights o consumo de informação em um meio pode levar tempo e sair caro demais;
  • Com a tendência de vídeos mais curtos, investir em conteúdos mais longos é uma ousadia e tanto. Vídeos mais longos significam mais custo de produção. De certa forma, um dos retornos sobre o investimento teria de ser o engajamento (mais tempo assistido, mais interações, mais compartilhamentos);
  • Quanto tempo vai levar para o Instagram reduzir o alcance orgânico do que é produzido e publicado no IGTV? Ao longo da história, diminuir a abrangência do conteúdo é a estratégia básica das empresas do Facebook. Se isso acontecer, quanto valerá a pena produzir estes conteúdos para uma audiência orgânica muito baixa?;
  • Sob o ponto de vista de monitoramento de reputação, trata-se de mais um recurso que limita – assim como o recurso do Instagram Stories e as próprias funcionalidades em vídeo – a visibilidade do que se fala sobre a empresa no ambiente digital. Monitorar vídeo e imagens ainda é uma tarefa bastante difícil e cara para as marcas.

O discurso está na ponta da língua dos executivos das marcas. Mas quando o branded content é avaliado sob o ponto de vista de estratégia e execução, ainda são poucas as marcas que conseguem se destacar e têm fôlego suficiente para bancar anos de investimento sem esperar o retorno no curto prazo.

Leia também:

As marcas e o Instagram Stories

novembro 27th, 2017 Posted by Marketing de Conteúdo, Social Media 0 thoughts on “As marcas e o Instagram Stories”

A novidade começou em meados de 2016. E o Instagram Stories tornou-se mais um meio de as marcas divulgarem suas novidades e tendências. O recurso que permite compartilhar momentos do dia, e que ficam disponíveis por apenas 24 horas, imediatamente virou febre entre os usuários. E, naturalmente, as empresas precisavam pegar uma carona nessa nova forma de interação, de storytelling.

Marcas de todos os tipos e tamanhos passaram a compartilhar histórias com seus seguidores para criar proximidade, empatia, o que gera certa intimidade com os seguidores. Bastidores, novidades, ofertas e promoções (essas últimas com links para compras no e-commerce) dentro do Instagram Stories também passaram a fazer parte da reunião de briefing.

A agilidade e o imediatismo do Instagram – e de todos os seus pares da família Facebook, que agora também oferecem conteúdos instantâneos- mataram o Snapchat que, desde 2001, já oferecia um serviço semelhante e que hoje já tem um destino considerado bastante incerto.

E engana-se quem pensa que Mark Zuckerberg foi o único “torturador” do aplicativo: além do Facebook, outros apps muito específicos copiaram seus atributos – a Coreia do Sul, por exemplo, tem o seu próprio Snapchat: o Snow. Para piorar, a China permite o uso deste aplicativo e não do Snapchat. Pense numa infinidade de usuários.

Em abril deste ano, o Instagram anunciou que atingiu 800 milhões de usuários, sendo 400 milhões de usuários ativos por dia no mundo. Deste total, 250 milhões usam o Stories todos os dias (números de junho deste ano).

Tá fazendo certinho?

E a sua marca? Tem feito isso do jeito certo? Porque não basta apenas estar: é preciso fazer-se notar. Que o diga a plataforma de Marketing Influencer Klear, que recentemente fez uma análise bastante interessante de cerca de 150 marcas no Instagram Stories.

A ideia era compilar todos os dados coletados numa espécie de infografia, que indicaria quais as marcas de destaque e quem usa a plataforma da melhor forma. E os resultados foram incipientes, bem ao contrário do que é vendido nos relatórios de mídia oferecidos para as grandes corporações.

De acordo com o estudo, a maioria das histórias de marca (59%) levam apenas a uma página de compras, com 23% dirigindo para outra plataforma social e 10% para uma postagem de blog. Mais de um terço (36%) dos Stories da marca promovem um produto, 14% consistem em uma aquisição de influenciadores e 5% são how-to.

Ou seja: talvez, essa não seja a forma ideal para conseguir resultados consistentes de negócios por meio do Instagram Stories. As marcas possuem um tesouro quase inestimável nas mãos, mas apenas o usam como um “hub distribuidor” ao invés de explorar o seu potencial de fixação de marca, prestação de serviço e, acima de tudo, de atividade de seus produtos e serviços oferecidos.

Quem procura uma marca não quer apenas ser redirecionado: quer explorar, quer informação, bom preço, navegação amigável. E, de acordo com a Klear, são poucos em quem podemos nos inspirar até o momento.

 

Instagram Stories Klear

As ações que as marcas fazem no Instagram Stories | Fonte: Klear

 

Algumas das marcas mais famosas do mundo têm fãs, isso é fato. Apenas não avisaram isso aos detentores dos perfis: apenas 4% das quase duas centenas de empresas analisadas pela pesquisa se aproveitam desta promissora fatia. Apenas 10% usam a plataforma para eventos ao vivo, que aproximem ainda mais seus consumidores.

É muito pequeno pensar que as redes sociais apenas servem para promover produtos. Isso é importante, faz parte do negócio? Claro! Mas não pode ser só isso: um olhar mais comportamental cairia bem nesse contato direto com seus admiradores.

Instagram Stories Klear

Empresas usam Instagram Stories para promover produtos ou serviços | Fonte: Klear

 

E é fácil descobrir rapidamente qual setor da indústria teve maior aderência ao Instagram Stories: a ascensão dos musos e musas fitness impulsionou sobremaneira a adesão de empresas de produtos, acessórios e serviços relacionados ao bem-estar e ao “corpo perfeito”.

Todo mundo entrou na onda rapidamente, encontrando na rede seu habitat perfeito. Moda, varejo e tecnologia vêm logo atrás, conquistando seu espaço. Surpreende, no entanto, a indústria de alimentos e bebidas estar tão distante de um público que ama comer, beber e, acima de tudo, registrar a atividade para os seguidores.

Instagram Stories Klear

Fitness e moda são as categorias mais fortes no Instagram Stories | Fonte: Klear

 

Aqui, a pesquisa da Klear mostra um pouco mais do que estas indústrias andam fazendo na rede e de que maneira têm explorado este espaço. É frustrante pensar que a promoção de produtos, embora essencial, seja dominante numa rede social tão específica. Onde o movimento, a cor, a beleza são as características mais admiradas. E o “como fazer” e a interação real com o público – e não só por meio de promoções – ainda parece uma realidade bem distante.

Instagram Stories Klear

Como as marcas usam o Instagram Stories por tipo de indústrial | Klear

 

Por fim, o estudo da Klear indica quais as marcas mais ativas ou as que se aproveitam melhor do espaço oferecido pelo Instagramm Stories. Os especialistas preferiram destacar uma marca correspondente a cada setor pesquisado.

Instagram Stories Klear

Marcas que melhor usam o Instagram Stories por segmento | Fonte: Klear

 

O conteúdo aparentemente efêmero talvez desanime o investimento – afinal, o material só ficará disponível por 24 horas. Mas é justamente por isso que ele é mais significante o que se possa imaginar: a temporalidade pode instigar o compartilhamento rápido, o chamado viral, e ganhar proporções ainda maiores do que as dos posts fixos, que ficam ali arquivados como num álbum de fotografias.

Seus usuários, fiéis e engajados, migraram definitivamente. E o movimento, a novidade podem interessar muito mais do que contar com a navegação em posts antigos. E essa busca por autenticidade, embora instantânea, transforma a experiência de navegação muito mais real e pessoal. Como não surfar nessa onda e perder a oportunidade sensibilizar seu público?

Veja aqui o Help Center do Instagram, com dicas e perguntas e respostas de como fazer.

marcas no instagram

Marcas no Instagram: 10 erros comuns

setembro 25th, 2017 Posted by Social Media 0 thoughts on “Marcas no Instagram: 10 erros comuns”

O Instagram se tornou um fenômeno. O fato de ter sido adquirido pelo Facebook já diz muita coisa. E não é à toa que a plataforma já angariou mais de 800 milhões de usuários no mundo todo. E vem se mostrando uma boa opção de marketing digital para as marcas.

Basta ver a porcentagem de pessoas que afirmam seguir marcas no Instagram quando comparada com outras mídias sociais.

Marcas no Instagram

Baseado em imagens inicialmente – e agora em vídeos de até 1 minuto, galerias de fotos e Stories – ganhou força entre os usuários de internet e cresceu. Ainda quando ameaçado pelo rápido avanço do Snapchat entre os jovens, recebeu atualizações em termos de recursos e vem mantendo a hegemonia.

E há algumas razões para isso. Confira no infográfico abaixo:

Os cuidados com as estratégias das Marcas no Instagram

Onde há audiência, há marcas tentando ocupar também o espaço. A dificuldade para as empresas, entretanto, como em qualquer plataforma digital, especialmente com mídias sociais, é acompanhar a evolução. O Instagram sempre traz algum tipo de novidade, recurso diferenciado, formato alternativo.

Essas transformações e inovações fazem com que os times de marketing das empresas corram atrás. É preciso estar atento não só para entender a dinâmica, mas para saber a melhor forma de investir os orçamentos. Tanto do ponto de vista de desenvolvimento de conteúdo quanto de mídia.

A estratégia precisa ser repensada o tempo todo. O Instagram traz algumas características que podem potencializar o processo de comunicação entre uma marca e suas audiências. Traz como arma o apelo visual e permite pequenos vídeos.

Ao mesmo tempo, é fácil cair em armadilhas e cometer falhas que podem custar caro a uma empresa em termos de imagem, reputação e, claro, negócios. Por essa razão, separei algumas dicas para que o marketing da sua empresa, fique atento.

1. Uso pessoal x Uso profissional
Cuidado com a gestão operacional da conta corporativo. É comum vermos postagens de pessoas em perfis de empresas por conta da administração ser realizada a partir de um único dispositivo.

Ao invés de publicar na conta de uso próprio, o administrador se confunde e atualiza a corporativa. Hoje já é possível contar com o suporte de ferramentas específicas para gerenciar contas de Instagram.

Além disso, não encare o perfil corporativo como você utiliza para seu uso pessoal. Lembre-se que as propostas são muito diferentes.

2. Não adicionar a descrição do conteúdo
Ainda que a foto ou o vídeo sejam bastante explícitos, não deixe de fazer uma breve descrição em texto que explique o teor do conteúdo que está sendo publicado.

Isso é fundamental, em muitos casos, para fazer o usuário parar e assistir o que você está divulgando ou prestar mais atenção na imagem que acabou de publicar.

3. Exagero em #hastags e emojis
Muita gente usa o recurso de #hashtags para fazer buscas no Instagram e encontrar imagens e vídeos bacanas. Eu sei, eu sei. É quase irresistível usar uma porção de hashtags para atrair essa audiência e fazê-la conhecer suas marca, produtos e serviços.

Use, entretanto, o bom senso. Adicione ao post somente aquelas que são fundamentais e que tenham conexão direta com o conteúdo que está divulgando.

Os emojis – aquelas carinhas já tradicionais nas mídias sociais – são uma tentação também. Mas utilize com moderação até para não infantilizar demais o diálogo de sua marca.

4. Conteúdo de baixa qualidade
Além de contar uma boa história por meio de imagem ou vídeo, não vá publicar coisas com baixa resolução. Fique atento a esse detalhe porque é muito comum encontrar publicações de péssima qualidade.

Como o visual impera nesta mídia social, ela é tudo. A própria plataforma já possui mecanismos que diminuem bastante a resolução para a plataforma ficar mais “leve” aos usuários.

Invista também em conteúdos inteligentes. Não fique preso somente às fotos quadradinhas padronizadas. Pequenos vídeos podem ajudar a conquistar o público, assim como imagens em formatos alternativos.

5. Não dar crédito para donos das imagens
Não caia nessa. Uma das maiores preocupações com o conteúdo do Instagram é utilizar imagens originais, proprietárias. Mesmo que sejam compradas de banco de imagens.

Caso a ativação ou campanha exija a utilização de imagens de terceiros e mesmo de usuários, não se esqueça de dar os devidos créditos para os autores.

6. Concursos culturais para atrair fãs
Qual é. Já passamos dessa fase tem algum tempo, né? Você consegue ser mais criativo do que apelar para concursos culturais para atrair audiência.

Via de regra, este artifício acaba por trazer audiências desqualificadas e que não possuem qualquer conexão com sua marca.

7. Identidade visual desorganizada e frequência
É comum usuários entrarem em um perfil – seja ele pessoal ou comercial – para ver os conteúdos publicados.

Por essa razão, é preciso cuidar do padrão de imagens e manter uma mesma linguagem visual nos conteúdos publicados. As imagens e vídeos precisam ter uma estética que tenha relação direta e entreguem a sua marca logo de cara ao público.

A frequência de publicações também é um tema a receber atenção. Exagerar no número de postagens pode cansar e afastar a audiência. Mas evite ficar também muito tempo sem publicar. O algoritmo da plataforma pode punir e passar a entregar seus conteúdos a um volume menor de pessoas.

8. Forçar a mão para vender
O Instagram é uma mídia com um viés maior para a construção e reforço de marca. Isto, porém, não impede que você crie alternativas para levar o seu público a um funil de conversão.

Por ser uma mídia bastante utilizada, claro que isso pode gerar vendas. Mas não force a barra. Se pretende seguir com a estratégia de também impulsionar vendas por esse meio, busque os recursos próprios para isso como os anúncios que, inclusive, vão permitir que você direcione o usuário para outros ambientes.

E não fique preso somente a campanhas de produtos e serviços. Pense um pouquinho com a cabeça do usuário e tente entender suas necessidades, na forma e no momento em que estão usando a plataforma para definir o conteúdo que você vai publicar.

9. Usar o recurso de follow back
Tem muita empresa que ainda insiste na estratégia de sair seguindo muitos perfis para ser seguida de volta. Vamos lá, esse recurso de marketing já está bastante ultrapassado. Existem muitas opções disponíveis para atrair novas audiências.

Segundo que isso irrita o usuário. Ninguém é mais tão inocente. Faça uma análise para saber se pode e deve seguir aquele perfil de usuário para identificar a possível relação dele com sua marca.

10. Não olhar para os dados
Como em toda estratégia de marketing digital, ignorar os dados e não analisá-los é um erro fatal e certamente vai induzir sua marca ao erro. Os perfis comerciais hoje trazem diversas informações que podem conduzir a estratégia da sua marca na plataforma.

Ao observar a qualificar as informações, vai reconhecer o que funciona ou não com sua audiência.

Lembra de mais algum erro comum? Comente e compartilhe conosco.

Logo mais voltaremos a falar sobre marcas no Instagram, mas dessa vez sobre como algumas estão usando a plataforma como canal para o seu marketing digital.

algoritmo

O tal do algoritmo

junho 22nd, 2017 Posted by Mercado 0 thoughts on “O tal do algoritmo”

Há um tempo as pessoas botavam a culpa no sistema:

“O sistema parou”

“O sistema está fora do ar”

“Isso não está previsto no sistema”

Além de ser fácil culpar o outro (mais fácil ainda culpar a entidade “sistema”), pouca gente se dá conta de que o sistema existe porque alguém o programou daquela forma.

Hoje, em tempos de redes sociais, a culpa é do algoritmo! O algoritmo do Google, do Facebook, do Instagram e seja lá do que mais.

Em entrevista ao Meio&Mensagem (que sobrevive ao sistema e ao algoritmo), Marimoon fala de vários temas de internet, desde a era dos fotologs até os dias atuais e culpa o tal do algoritmo pela internet estar “estragada”.

Eu concordo com VÁRIOS pontos que Marimoon levantou no vídeo. Acho que ela tem essa visão porque está nessa há tempos e aprendeu fazendo (muita coisa) em várias plataformas.

Ela fala dos influenciadores com propriedade, fala do poder da autenticidade, de levar a sério uma profissão como creator (blogueiro, youtuber e afins), do quanto é bom receber feedbacks de seguidores e anunciantes que reconhecem em seu lifestyle algo que faz sentido para suas vidas e marcas.

Isso não tem dinheiro que pague para quem vive de compartilhar sua opinião e sua vida! E aliás, só dá certo quando você gera isso, essa empatia com as pessoas que se reconhecem em você.

Para mim, o final do vídeo dela é o melhor pois diz que se você fizer pela audiência e pela fama, provavelmente não vai dar certo. CONCORDO absolutamente. A naturalidade precisa vir antes do business. Você não pode perder o que te motivou a começar, não pode perder seu propósito.

O tal do algoritmo

algoritmo

Mas eu queria mesmo era ponderar sobre o algoritmo. Vamos lá!

“O algoritmo estragou a internet”

Essa é uma afirmação generalista mas com vários pontos interessantes.

Quando falamos do algoritmo de uma forma geral estamos falando de um conjunto de regras que foram desenvolvidas para ter uma entrega de conteúdo mais eficiente, de acordo com o conteúdo que você busca (Google) ou consome, e se engaja (Facebook e Instagram).

A entrega de conteúdo passa a ser mais “personalizada” mas sim, cria uma bolha onde você vê sempre mais do mesmo. E para subverter isso você precisa navegar em aba anônima (Google) ou procurar temas que não são os habituais nas redes sociais.

Se por um lado você fica na bolha, por outro você passa a ver mais aquilo que te interesse. Só que somos plurais e não gostamos só de um tema/assunto. E é aí que eu concordo que o algoritmo estragou a internet, especialmente as redes sociais.

Faz sentido mudar o algoritmo?

Outro ponto que vale considerar é que visualizar o feed do Instagram fora da ordem cronológica nos deixa confusos. Mas também dá a sensação de atemporal. Alguns conteúdos não fazem mais sentido e essa mudança vai contra até o princípio básico da própria rede que era o de mostrar o INSTANTÂNEO da pessoa, o momento exato em que ela estava fazendo a foto.

A sugestão de ter um botão com ou sem algoritmo acho ótima porém, inviável. Uma pena! Tudo porque qualquer mudança de algoritmo diz respeito a BUSINESS. Quanto mais você estiver imerso num tema, mais natural a publicidade sobre aquele tema irá parecer para você dentro da rede social ou no resultado da busca.

Mas gostaria de finalizar a questão dos algoritmos com um questionamento: Tio Mark estragou as redes sociais com o algoritmo ou a busca por fama estragou a rede social? – isso pode render outro post, claro!

O que mais vemos são as pessoas querendo SUBVERTER o algoritmo para ter mais acessos, views, likes. Grupos de curtidas, fazendas de likes, compra de seguidores, práticas de Black Hat para SEO. Os espertinhos da internet estão por aí, o tempo todo, desde que a WWW existe.

Então parece que está valendo o ditado: ladrão que rouba ladrão, tem cem anos de perdão.

Já ouviu falar em Instagrammable Fitness?

junho 19th, 2017 Posted by Social Media, Todas as categorias 0 thoughts on “Já ouviu falar em Instagrammable Fitness?”

“Criar uma identidade para um representante
do que seria você do jeito que você gostaria
de ser parece a realização de um desejo”
Candice Alcantâra

Escolhi a obra “Cumplicidade Virtual” para contar uma novidade que já anda pegando por aí e fazer um paralelo entre tecnologia e psicologia que, a meu ver, é bastante interessante. Acredite, já é tendência em alguns lugares.

Instagrammable Fitness

As Instagrammable Fitness são instalações com design moderno para atrair uma fatia de público bastante fiel. Os chamados estúdios de fitness “conceito” prometem, acima de tudo, uma experiência esteticamente agradável. Uma nova forma de seduzir o grande público ávido por conceitos que impulsionam motivações estéticas e sociais – tudo ao mesmo tempo. E sem perder tempo.

Pra quê? Simples: juntar consumidores modernos, preocupados com sua imagem transmitida por meio das mídias sociais e, claro, com a boa forma também. Inclusive, já existem exemplos físicos que comprovam o sucesso desta tendência.

No distrito de Flatiron, em Nova York, uma academia de boxe transformou completamente seu espaço – antes masculinizado, um tanto opressor até mesmo para os frequentadores habituais. O “Shadowbox” continua sendo um ginásio, porém bem mais descolado e aconchegante – nada daquele visual de academia Rocky Balboa de subúrbio.

Instagrammable Fitness

O interior calmo e convidativo inspira belíssimas imagens, durante a malhação – não há dúvidas. E os cuidados não param por aí: a seleção musical que acompanha os atletas na casa passa por uma curadoria. As paredes de tijolo originais foram mantidas, contrastando com um teto ornamentado de estanho e uma iluminação remanescente de uma fábrica que ali funcionava, décadas atrás. 

Nem é preciso entrar para sentir o clima diferenciado: a área de boas-vindas funciona como um bar e café, com vista para o ponto principal do ginásio, um ringue de boxe vintage. Não à toa, a academia é chamada carinhosamente de “Boutique Boxing Gyms”.

“É como se todo mundo que um dia falou
que queria ser diferente pudesse ser diferente,
em um lugar distinto, construindo novas relações,
conhecendo novas pessoas
e se comportando da forma que não consegue
por vezes na vida real”.
(ALCÂNTARA, 2013)

The X – Adidas

No “The X”, da Adidas, a gente pode tranquilamente parafrasear aquele antigo bordão de novela: “cada passo é um flash”. Localizado em Londres, o espaço de treinamento para mulheres projetado no Victoria Park é multifacetado e, além de oferecer uma decoração atraente e colorida, ainda sustenta salas para realização de eventos diversos.

Concebido como um espaço “pop-up” itinerante, o The X foi um sucesso total como Instagrammable Fitness: corridas de grupo, sessões de ioga, aulas de boot camp, sessões para apresentações de produtos da marca, jantares e até oficinas de produção de smoothies – as bebidas saudáveis e indispensáveis para os “fitness de carteirinha”. 

“Com certos comportamentos, podemos perceber
o que é importante para os usuários do software
em sua vida fora dele.
Qual a utilidade de vestir uma roupa de grife
e qual a importância de formar novos grupos de amigos?
As mesmas que na vida real: a diferença é que, no jogo,
isso se torna mais acessível e manipulável”.
(ALCÂNTARA, 2013)

E quem foi que disse que esporte e conhecimento não podem dar uma corridinha juntos, lado a lado? Em Nothing Hill, a Gym Library quer provar que sim, é possível. Caracterizado pelos próprios londrinos como “deslumbrante”, o espaço é todo decorado com livros antigos, em capas de couro e peças vintage de treinamento, que contrastam com os equipamentos ultramodernos espalhados pela casa.

A Library funciona quase como um clube exclusivo. E, segundo seus proprietários, a ideia era justamente tirar aquela ideia de “adrenalina” do ambiente, transformando-o em um lugar belíssimo, aconchegante – o que pode modificar totalmente a experiência de seus sócios já no momento da adesão.

Antes de ser reinventada, funcionava na ampla construção uma lindíssima sinagoga. E muitos detalhes dela foram preservados.

As academias das grandes marcas

E para quem achou tudo isso um pouco demais, deixo ainda mais uma: o Nike Crystal Coliseum, em Toronto, Canadá, que nada mais é que uma academia flutuante. Isso mesmo: uma barcaça flutuantes que foi reaproveitada pela marca, em pleno Lago Ontário. O estúdio especial é direcionado às mulheres e se destaca por ser muito arejado e repleto de luz.

São 33 níveis de treinamento, ancorados por professores renomados de toda a América do Norte. E, claro, os grandes lançamentos em calçados e vestuário especializado totalmente disponíveis para as exigentes clientes.

Mas como nosso papo aqui não trata (apenas) de decoração, seria legal fazermos uma associação de todas estas tendências aqui apresentadas com números interessantes e padrões diversificados de comportamentos.

É sedutor, interessante, quase irresistível a um público que se acostumou a dividir seus progressos físicos com a família e os amigos – além dos nem tanto – perder cenários como esses e não registrá-los em suas redes pessoais.

Mas tudo isso está longe de ser uma invenção das Instagrammable Fitness, ou academias boutique: desde que o mundo é mundo, todos sonhamos com uma vida perfeita, sem problemas, com nossos objetos “necessários” ao consumo, pessoas à nossa volta, lugares bonitos pra se estar e viver, saúde, felicidade. E, se o cenário der aquele empurrãozinho na “venda” deste conceito para os nossos seguidores, por que não aquela foto, com aquele filtro especial, naquele momento em que suor e o desgaste, aparentemente, estragariam o registro?

Por que fazer isso no Instagram?

E o Instagram é o lugar perfeito pra isso! Criado em 2010 por um norte-americano e um brasileiro, a plataforma foi vendida para o Facebook dois anos depois. O seu embrião, chamado Burbn, já atraiu cerca de US$ 500 mil em investimentos logo de cara – mesmo com vários problemas técnicos. Desenvolvido inicialmente apenas para o sistema operacional iOS, logo ganhou o mundo com suas aplicações de filtro, curtidas, comentários e angariou cerca de 1 milhão de usuários em questão de meses.

E o que mais pode reunir um sem número de pessoas em volta de uma comunidade virtual do que a possibilidade de ver e ser visto? Do que a vaidade humana?

Em abril deste ano, o Instagram anunciou mundialmente a meta atingida de 700 milhões de usuários ativos – e 100 milhões de “instagrammers em ritmo acelerado”. Seja lá o que isso queira dizer exatamente, desde que foi parar nas mãos de Mark Zuckerberg, a rede social explodiu em acessos.

Instagram X Snapchat

Nos últimos dois anos, pra ser mais exata, o número de usuários da plataforma dobrou. Naturalmente, os administradores associam o sucesso à usabilidade, simplificação e aprimoramento do aplicativo. Vídeos, histórias ao vivo, mensagens diretas – o que acabou desbancando seu principal concorrente, o Snapchat. Aliás, lembra dele?

Para aumentar a fidelidade de seus usuários, o programa agora pode ser usado também off line – o que foi carregado enquanto se estava conectado a uma rede poderá ser acessado. E as curtidas, comentários ficarão ali registrados e postados, para quando ele novamente se conectar. Em resumo: tentador não observar os movimentos de longe.

Mas o sucesso absoluto do Instagram (e das Instagrammable Fitness), como vimos acima, vai além da sua simplicidade no uso: tem a ver com o narcisismo humano, com razões que talvez só a psique conheça. Um certo hedonismo onde a dor dá lugar ao prazer, as lutas se escondem atrás de felicidade. Um lugar onde a satisfação e a autorrealização estão acima das necessidades reais.  E o egocentrismo, que tem se tornado quase uma doença social, é sintetizado e exposto. Com filtros.